O vereador Marinaldo Cardoso chegará ao fim do terceiro mês de gestão à frente da Câmara Municipal de Campina Grande aparentemente tendo conseguido equilibrar crises e administrar desentendimentos, inclusive aqueles decorrentes do intrincado acordo para definir quatro presidentes para os quatro anos da legislatura – um por ano.
No entanto, a aparência de paz no legislativo municipal, após a forte crise gerada no fim da gestão de Ivonete Ludgério na legislatura anterior, pode estar por um fio. E isso acontece por duas razões: tratamento com diferença abissal entre os vereadores e quebra de compromissos que foram decisivos para fazer Marinaldo sentar na cadeira de presidente.
Segundo os próprios parlamentares, as estruturas de trabalho fornecidas aos vereadores variam até quatro vezes, com critérios que não seriam os mais claros. Além disso, assessores teriam recebido poderes hipertrofiados para tomar decisões, mudar ordens do presidente e inclusive confrontar detentores de mandato, o que já gerou até mesmo ameaça de agressões físicas dentro da Câmara.
O fato é que a irritação dos vereadores – mas não apenas deles – com a situação está cada vez mais evidente. E o mês de abril deverá ser decisivo para o futuro da presidência de Marinaldo Cardoso e sua relação com os próprios pares, outros poderes, a imprensa e com a sociedade. O futuro – que está perto – dirá.