Vereadora explica retirada de apoio a CPI. “Não faço jogo político com a saúde”

Foto: Blog do Max Silva

A vereadora Dona Fátima se pronunciou nesta quinta-feira, 10, sobre a decisão de retirar sua assinatura do requerimento para instalação de uma comissão parlamentar de inquérito na Câmara Municipal de Campina Grande para investigar denúncias envolvendo o Hospital João XXIII.

A parlamentar lembrou que a saúde é uma bandeira marcante em toda a sua trajetória política e repeliu com veemência qualquer insinuação de que a decisão de retirar a assinatura tivesse se dado por conta de pressões de terceiros. “Exijo respeito à minha vida pessoal e à minha história política”, disse.

“Minha posição sempre foi muito clara em relação à minha base política e a qual grupo pertenço. Continuo firme na base do governador João Azevedo e fazendo parte da bancada de oposição ao governo municipal. Quando o então líder da oposição na cidade rompeu com João, eu me mantive ao lado do governador. Eu não fui e depois voltei. Permaneci no mesmo lugar”, complementou.

Para Dona Fátima, é inadmissível que problemas na saúde sejam usados como mero mote político.

“Não faço jogo político com a saúde. Se tem uma pessoa que se preocupa com a saúde de nossa cidade e que cobra melhoras sou eu e jamais faria algo para prejudicar a população”, explicou.

Segundo a vereadora, não se pode admitir que uma guerra de CPIs se instale na CMCG motivada por divergências partidárias e busca de promoção pessoal.

Dona Fátima falou que estranhou, por exemplo, que apenas ela, entre os vereadores que assinaram o pedido da CPI, tenha ido à audiência pública convocada pelo Ministério Público para tratar do problema.

“A minha decisão de retirar a assinatura se deu a partir do momento que percebi que nenhum vereador de oposição foi à reunião. Isto mostrou que a intenção não era somente resolver o problema, mas uma tentativa de promoção política por parte de alguém, e eu jamais iria me prestar a apoiar esse tipo de papel”, criticou.

Para Dona Fátima, o melhor caminho para abordagem do problema do João XXIII e sua solução é através do Ministério Público.

“A promotora doutora Adriana Amorim se mostrou bastante comprometida em buscar uma solução, inclusive solicitando a abertura de uma investigação para apurar a morte de um paciente, e encontrando caminhos para a compra de marca-passos”, frisou.

“Sou vereadora para ajudar a resolver problemas e melhorar a vida das pessoas, e não para criar fatos políticos e brigas intermináveis com o intuito de promover alguém politicamente, em prejuízo da população”, concluiu Dona Fátima.

*Com Assessoria