Sempre quando amigos decidem se reunir em um bar ou restaurante, alguém mais afortunado se escala para pagar a conta, ou então, todos decidem ‘rachar’ o valor do que foi consumido.
Pois bem, são justamente essas reuniões, agora de forma exponencial, por conta das tradicionais confraternizações de fim de ano, que preocupam autoridades e a população consciente.
O decreto publicado pelo Governo do Estado nesta terça-feira (22), que atinge o funcionamento de bares, restaurantes e praças de alimentação e também recomenda a não realização de festejos de fim de ano, virou o centro de uma polêmica.
É inegável o prejuízo que essa categoria terá com essa medida, adotada em virtude do aumento nos casos de Covid-19 na Paraíba. São trabalhadores, empregadores atingidos diretamente.
Esses estabelecimentos estavam se preparando para receber clientes justamente no período natalino e de final de ano para realizarem suas confraternizações, conforme citei acima. Só que aí mora o problema: a falta de consciência e a irresponsabilidade de muitas pessoas!
O que mais temos visto, desde as eleições até agora, são pessoas desrespeitando os decretos e normas sanitárias. Gente sem máscara, sem distanciamento, se reunindo e “confraternizando” o coronavírus.
O problema é que a conta não chega ao final da “confra”. Ela só chega 10 dias depois, quando aqueles que estavam degustando deliciosos panetones percebem que não estão mais sentindo gosto algum (nem cheiro). E tomara que termine aí mesmo. Pior é que para muitos, o fim será o cemitério.
Aí eu retorno à pergunta inicial: Quem pagará a conta por essas mortes? Quem vai dividir a responsabilidade por ter transmitido a doença que matou um amigo, um parente? Somente porque não pode passar um ano sem a ‘confra’?
Alguém pode até não concordar com o decreto estadual, mas não poderá jamais colorar o ‘saldo’ da sua própria irresponsabilidade ‘conta’ do Estado ou de outrem.