Análise: Fábio Ramalho foi fazer um ‘giro’, fez um ‘jirau’

É só do que se fala nas rodas de conversas políticas, em Campina Grande, o encontro indigesto entre o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) e o senador Veneziano Vital (MDB) durante uma comemoração ao Dia das Mães na cidade de Lagoa Seca, no último domingo.

Coube a Romero se pronunciar primeiro, classificando como uma casualidade o fato de estar no mesmo evento que o senador ex-quase-novamente cabeludo.

O anfitrião e responsável pela junção dos adversários (pelo menos até agora) foi o deputado estadual Fábio Ramalho (PSDB), ex-prefeito da cidade-irmã de Campina Grande. Entusiasmado por uma onda ‘mandelista’ tupiniquim, o parlamentar tentou apresentar ao público uma fotografia sugestiva para as eleições de 2024, com Veneziano, Bruno e Romero, lado a lado.

Na ânsia de posar de grande articulador e pacificador, Fábio convidou ‘Rússia’ e ‘Ucrânia’ para a festa, mas esqueceu um grande detalhe: combinar o acordo de paz com os conflitantes. Não teve o cuidado de avaliar os interesses de cada um nesse processo e acabou provocando um tremendo mal-estar.

Em vez de conseguir aproximar os diferentes, a ‘foto de Lagoa Seca’ colocou mais gasolina em um processo bastante delicado e de solução ainda distante. No linguajar popular, o neófito deputado queria “fazer um giro, acabou fazendo um jirau”.