Confira as orientações do Procon-CG sobre compras seguras durante a Black Friday

Foto: Codecom/CG

A Black Friday é uma liquidação online que começou nos Estados Unidos e que, no Brasil, cresceu a partir de 2010. No entanto, muitos consumidores brasileiros reclamam de falsas promoções no mercado. Pensando nisso, o Procon de Campina Grande divulgou, nesta sexta-feira (19), algumas orientações para a realização de compras de forma consciente e mais segura.

Procurando preparar o consumidor contra as falsas promoções do mercado durante a Black Friday – liquidação oriunda dos Estados Unidos e que tomou corpo no Brasil nos últimos anos -, o Procon de Campina Grande divulgou, nesta sexta-feira, 19, orientações para a realização de compras mais seguras e conscientes.

Neste ano, a já tradicional data promocional do comércio acontece no dia 26 de novembro (próxima sexta-feira) e, com isso, cresce a expectativa dos consumidores interessados em aproveitar a redução do preço de produtos à venda, tanto em lojas físicas como também virtuais.

Segundo o coordenador do Procon-CG, Saulo Muniz, nesse período ocorre um aumento de cerca de 50% do volume de transações de compra e venda. No entanto, esse percentual tende a crescer, considerando-se que os últimos dois anos foram atípicos para o comércio, por conta da pandemia.

“Consequentemente, a tendência é a de que cresça também o número de denúncias junto aos órgãos de defesa do consumidor por descumprimento à legislação que rege as regras de mercado”, avaliou Saulo Muniz.

Com isso, o Procon campinense orienta o consumidor a redobrar os cuidados ao fazer transações comerciais para não ser vítima de fraudes e propagandas enganosas, o que pode acarretar sérios prejuízos. Dentre as dicas importantes está a missão de buscar informação antecipada sobre o produto desejado.

“Orientamos que planejar é a chave para não cair no arrependimento. Ter cuidado pra que a Black Friday não se torne em black fraude com descontos ilusórios”, destacou Saulo Muniz.

Buscar informação antecipada. O Procon de Campina Grande orienta que os consumidores busquem planejar, pois o planejamento é a chave para não cair no arrependimento. E, para evitar arrependimentos, é importante que o consumidor passe a monitorar o valor dos produtos de interesse o quanto antes.

Publicidade enganosa – Há denúncias de que muitas empresas maquiam o preço para que o produto pareça mais barato. Ou seja, sobem o valor na véspera e baixam na data como se fosse uma oferta. Essa prática é considerada publicidade enganosa e o estabelecimento pode ser multado, pois ocorre um aumento do preço de produtos na semana que antecede a Black Friday para simular um desconto inexistente.

“Sabe aquele slogan: Leve o seu eletroeletrônico ou eletrodoméstico pela metade do preço?; muita atenção e reflexão nesse momento, pois o que pode parecer uma oportunidade sem igual, na verdade pode ser uma eventual prática abusiva, que venha a lesionar o consumidor”, alerta o coordenador do Procon-CG.

Pesquisa – O Procon-CG disponibilizou uma pesquisa de preços com alguns produtos apontados como os mais procurados durante a Black Friday e que, consequentemente, geram mais reclamações ligadas à falta de informação, a exemplo de TVs, celulares, fogões e micro-ondas. Para conferir basta acessar: http://procon.campinagrande.pb.gov.br/

Além disso, durante todo o mês de novembro, os fiscais do Procon de Campina Grande estão nas ruas com a Operação Black Friday; e na próxima semana, do dia 22 ao dia 26, o trabalho será intensificado.

“Inclusive, na sexta-feira (26), será instalada uma tenda do órgão na Praça da Bandeira, com o objetivo de estar mais próximo do consumidor e poder tirar dúvidas, bem como acolher reclamações e denúncias”, informou o coordenador do órgão.

Mais informações – No entanto, Saulo Muniz reforça a necessidade do consumidor buscar sempre mais informações antes de realizar a compra desejada e recomenda também que a população foque no planejamento financeiro, pois logo depois da Black Friday chega a hora de pagar contas fixas como: IPTU, o IPVA, a matrícula e material escolar, plano de saúde.

Principais reclamações e denúncias:
*Aumento do preço de produtos na semana que antecede a Black Friday para simular um desconto gerando propaganda enganosa;
*Produtos fora da especificação anunciada;
*Atraso na entrega de compras efetuadas de forma online (E-commerce).

Com a pandemia, no Brasil e no mundo, houve um aumento considerável do comércio eletrônico – vendas pela internet – o E-commerce. Essa modalidade de comércio, ganhou força quando muitas lojas físicas ou virtuais fecham vendas pelo telefone celular, por meio de aplicativos de bate-papo, com o consumidor.

Essa estratégia também se configura como compra fora do estabelecimento comercial e, portanto, valem as regras de comércio à distância, que tem legislação própria – O art. 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A legislação consumerista prevê, por exemplo, o prazo de sete dias corridos para o consumidor desistir de uma compra à distância. Esse tempo para arrependimento começa a contar após o recebimento do produto ou do serviço. Em caso de pedido de devolução, o valor a ser devolvido é o valor total pago pelo consumidor, incluindo o que foi pago pelo frete.

O Procon-CG aponta ainda seis dicas para quem quer aproveitar o período de compras sem sair de casa e com mais segurança:

1.Tenha cuidado com ofertas tentadoras enviadas por e-mail.
Antes de clicar, desconfie. Você pode ser uma vítima de fraude. Também deve-se ter cuidado com ofertas por SMS ou anunciadas nas redes sociais, especialmente de lojas desconhecidas pela população e que podem abrigar algum golpe.

Golpistas– Os golpistas aproveitam do aumento das transações durante a Black Friday para ludibriar consumidores. Sendo assim, preste muita atenção ao remetente.

Há casos como os ataques de phishing – crime em que os internautas são convencidos a revelar informações pessoais, como senhas e dados de cartão de crédito. No golpe, costumam fraudar o internauta utilizando e-mails inexistentes e domínios que embora pareçam com o original não têm relação com a empresa da suposta oferta.

2º – Nunca utilize computadores de acesso público. Além disso, para verificar a segurança da página, você deve clicar num cadeado verde que aparece do lado esquerdo, no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela do computador. O endereço da loja virtual deve começar com https://.

3º – Ao efetuar as compras, prefira pagar com cartão de crédito, e atenção com sites que só aceitam receber por boleto ou transferência bancária, pois se você tiver problema com a compra, é mais difícil conseguir ressarcimento junto ao banco. Nunca informe seus dados do cartão de crédito pelas redes sociais. Desconfie de lojista que solicita essas informações.

4º – Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico onde a loja possa ser encontrada ou o endereço eletrônico para que possa ser contatada. A página virtual também é obrigada a disponibilizar um canal para atendimento ao consumidor, o chamado Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

5º – Você pode verificar a reputação da loja junto aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e na Junta Comercial de sua localidade, assim como pesquisar rankings de reputação em sites, como o www.reclameaqui.com.br. Os comentários de outros consumidores nas redes sociais também podem servir de suporte nesse caso.

Também é importante acessar o histórico de reclamações no Procon de seu município e no site www.consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, para verificar a reputação da loja.

6º – Registrar a compra — Prints, e-mails de confirmação, códigos de localização e de realização da compra, e até mesmo protocolos de atendimento servirão para comprovar a compra, caso o consumidor precise. Outra orientação é a de que deve-se verificar a presença de certificados de segurança de pagamentos nas transações bancárias realizadas com o fornecedor. Não se deve fornecer dados bancários a sites que não possuem certificados de segurança.

“Compras feitas em lojas físicas, é imprescindível a exigência da nota fiscal, pois é neste documento que estão todas as informações sobre a compra, e é ele quem garante os direitos do consumidor”, reforça Saulo Muniz.

Além de tudo isso, o Procon de Campina Grande orienta que o consumidor que se sentir lesado ou tiver problema relacionado às compras durante a Black Friday, como descumprimento à oferta, publicidade enganosa, atraso na entrega, ou outro desrespeito ao direito do consumidor, registre queixa nos órgãos de proteção e defesa do consumidor. Também está disponível à população o Disque Denúncia – através do número 151, as redes sociais Facebook, Instagram e Twitter; bem como o site do órgão: http://procon.campinagrande.pb.gov.br/ e atendimento presencial na sede do órgão, sempre das 8h até 13h, no endereço: Rua: Pref. Ernane Lauritzen, 226, Centro, Campina Grande.